Os peixes serão soltos por etapas de 10 mil mensalmente. A primeira soltura do Projeto Lago Vivo será realizada no próximo dia 12 de agosto
Repovoar e aumentar a população de peixes no Rio Lontra trará mais turistas para a região e também para que população usufrua mais do lago por meio da pesca esportiva
Espécies de peixes já extintas no Lago Azul, em Araguaína, após a construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) do Corujão, na década de 1970, poderão ser vistas novamente no local. O Projeto Lago Vivo reintroduzirá 200 mil peixes no lago a partir do próximo dia 12, quando será realizada a primeira soltura com 10 mil animais.
O projeto é de iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente – Departamento de Agricultura, e tem a finalidade de produzir alevinos saudáveis para o peixamento do Lago Azul.
“O objetivo é ter um lago com água de excelente qualidade, não somente para utilização da praia com segurança e termos esportes náuticos, mas também queremos que ali aconteçam vários torneios de pesca esportiva”, assegurou o prefeito Ronaldo Dimas.
Dimas ainda citou que repovoar e aumentar a população de peixes no Rio Lontra trará mais turistas para a região e também para que população usufrua mais do lago. “A pesca será proibida por um ano, quando o local será aberto para a pesca esportiva”, acrescentou o prefeito.
Qualidade da água
“A ação restituirá parte da ictiofauna silvestre prejudicada pelas ações que degradam o meio ambiente, como poluição do lago, assoreamento, lixo e derrubada da mata ciliar”, explicou o biólogo do Departamento Municipal de Agricultura, Aníbal Neto.
De acordo com o projeto, a qualidade da água do lago será monitorada pelo Laboratório das Águas do Município, inclusive com a possibilidade de parceria com acadêmicos de Biologia e Geografia da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Espécies nativas
Uma das preocupações do projeto foi com as espécies a serem reintroduzidas, para que fossem adequadas às condições do local. Foram recriados e serão reintroduzidos os peixes tambacu, tambaqui, pacu-caranha e piauçu.
Os alevinos foram recriados por um período de 60 dias, adquiridos de produtores da região de Araguaína. O projeto ainda levou em consideração para o peixamento do lago as condições climáticas, físicas e de localização, com alimentação e manejo adequados. A quantidade de animais também levou em consideração um estudo feito pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente para verificar o que o rio suporta.
Etapas
O projeto é dividido em duas etapas que terão cinco fases, obedecendo a um cronograma de criação e recria: aquisição dos insumos, preparação dos tanques, recria dos alevinos, despesca e monitoramento. A duração em média da primeira etapa do projeto é de cinco meses. Serão 100 mil alevinos recriados na primeira etapa e 100 mil na segunda.
Parcerias
Para realização do Projeto Lago Vivo, estão sendo adquiridos material de limpeza e manutenção do tanque, calcário, adubo orgânico bovino, ração de alevino 48% de proteína, alevinos, ração de alevino 48% de proteína e alevinos.
As ações estão abertas a parcerias da iniciativa privada para doação de insumos e peixes. Já são parceiros do projeto o Supermercados Campelo e a Via Lago Sport Fishing.
Uma das preocupações do projeto foi com as espécies a serem reintroduzidas, para que fossem adequadas às condições do local. Foram recriados e serão reintroduzidos os peixes tambacu, tambaqui, pacu-caranha e piauçu… (Thatiane Cunha/Fotos: Davi Fernandes/Ascom)
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