Por Karen Luz, Democracia Socialista PT e MMM
Araguaína – Tocantins, Núcleo Lélia Gonzalez.
Ocorreu entre os dias 19 e 21 de julho de 2019, o I Fórum Nacional de Mulheres Negras Petistas, o qual foi possível a partir do trabalho em conjunto entre a Secretaria Nacional de Mulheres e a Secretaria de Combate ao Racismo. O mesmo contou com a participação de inúmeras mulheres pretas do Brasil com exceção da Bahia, que por problemas, que não sei identificar no momento, não teve a sua delegação neste importante espaço.
Vale ressaltar que durante o fórum muitas referências na luta política das mulheres pretas estavam neste espaço, dentre elas a deputada federal Benedita da Silva, a Presidenta do PT, Gleise Hoffman, entre outras lideranças. Porem o intuito não é falar das burocracias do evento e sim de como o mesmo foi importante para compreender a complexidade e riqueza da luta das mulheres negras, principalmente por ser o mês no qual se celebra o dia internacional da mulher negra, latino-americana e caribenha, neste dia 25 de julho.
Dessa forma, peço licença as minhas mais velhas, as minhas intermediarias e as mais novas companheiras, para dialogar acerca de como foi rico participar e deliciar-me com cada debate, momento cultural e demais seguimentos que ocorreram. Primeiramente os desafios das mulheres negras para participar dos espaços políticos são inúmeros, segundo, o processo não termina quando se chega lá, se manter é ainda mais complicado devido as constantes pressões sofridas no dia a dia e terceiro, se desvencilhar dos processos de opressão é ainda mais doloroso quando o número de mulheres negras no poder é mínimo comparado com a quantidade de mulheres negras na sociedade brasileira, o que não significa que estas mulheres não lutam, mas sim, de acordo com a lógica do capital que predomina nos espaços, a participação é reduzida nesses espaços de poder.
Contrapondo essa lógica, no Fórum haviam mulheres de várias idades, classes sociais, de várias interseccionalidades (vivencias) diferentes, discutindo o que as mulheres pretas do PT precisam para a emancipação dos seus corpos, mentes e demais interseções que as constituem, dessa forma, o evento foi uma importante formação política, cultural e social acerca da luta das mulheres pretas e os desafios enfrentados na luta pela ocupação dos espaços, além de proporcionar uma riqueza de conhecimentos os quais não havia conhecido ainda, o que me remete a um orgasmo intelectual. Dessa forma, gostaria de agradecer a todas as manas e manos que ao longo de cada caminhada contribuíram e contribuem para que cada espaço seja de um profundo aprendizado significativo do que significa ser mulher preta na sociedade, por que não somos mulheres pretas apenas em julho, mas sim o ano inteiro, o que implica a necessidade de se debater o que é ser mulher e o que é ser mulher preta durante todo o ano.
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