A campanha “Você Não Está Só!”, que incentiva as pessoas a denunciarem casos de violência contra mulheres, crianças e adolescentes, tem conquistado importantes apoios por meio das redes sociais com a adesão de movimentos e organizações que compartilham os conteúdos da ação, colaborando com a ampliação do alcance da informação. Iniciativa do Núcleo Especializado de Defesa da Mulher (Nudem) e do Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), a campanha foi lançada no último dia 2 e promove, com os apoiadores, uma mobilização para conscientizar sobre a importância de não se calar diante de uma violência de qualquer natureza, seja patrimonial, psicológica, física ou sexual, dentre outras.
Presidente do coletivo “Unidos Por Um Mundo Melhor” (UPMN), Júlia Albuquerque usou as redes do movimento para compartilhar a peça de abertura da campanha (assista clicando em: https://www.youtube.com/watch?v=q8360qAAXw0&feature=youtu.be) pois, segundo ela, é de extrema importância incentivar toda forma de denúncia para que se combata a violência doméstica. “Nós da UPMM atendemos, diariamente, casos de mulheres vítimas de abusos e que não sabem dos seus direitos. Muitas tratam a situação como algo normal até que o pior aconteça. Campanhas como essa da Defensoria dão voz e visibilidade para o que é tão escondido”, defende Júlia.
A organização não governamental (ONG) “Arte de Amar” também compartilhou o vídeo informativo produzido pela Defensoria Pública. A presidente da ong Aline Milani ressalta que a violência contra a mulher é um assunto que precisa urgentemente ser debatido. “Infelizmente ainda se trata de um tabu, uma temática que apesar de ser velada acontece frequentemente, gerando traumas, perdas e destruição de vidas e sonhos. É comum acreditar que a violência doméstica está distante de nós, que nunca iremos passar por isso ou presenciar. Mas dados de 2019 apontam que mais de 500 mulheres são agredidas a cada hora no Brasil. Agora, em meio a pandemia, as denúncias aumentaram consideravelmente. Mulheres que estão em isolamento social, estão em suas casas, local que deveria ser um território seguro e, no entanto, estão sendo ameaçadas”, destaca.
Se calar, jamais!
Não se conformar com a violência doméstica é uma unanimidade em todos os depoimentos. A integrante do “Coletivo Feminista de Mulheres Negras Ajunta Preta” Jéssica Rossane declara que é fundamental campanhas como a da Defensoria Pública para coibir a violência doméstica e demonstrar a necessidade de se sensibilizar e conscientizar toda a sociedade para que se possa reduzir os índices. “Nós, enquanto mulheres negras, somos as mais atingidas pelos diversos tipos de violências pelo fato de estarmos na base da pirâmide social, e atitudes como essa – incentivando a denúncia de casos de violência-, faz toda diferença para que possamos mudar essa realidade”, diz.
Tal luta é compartilhada também pela jornalista e ativista do Movimento Negro Unificado (MNU) Dandara Maria Barbosa, que considera a reivindicação contra a violência doméstica uma de suas bandeiras.. “Uma das nossas agendas de luta nos movimentos sociais, sobretudo em coletivos de mulheres e mulheres negras, é a reivindicação contra a violência à mulher, pois sabemos que é um grande desafio em todo o País, principalmente no nosso Estado”, descreve. Dandara ressalta, ainda, a necessidade de atenção diante do momento de pandemia, onde milhares de mulheres estão enfrentando ameaças, privações e violações de direitos.
A presidente da Casa 8 de Março, Bernadete Aparecida Ferreira, que também compartilhou o vídeo da campanha “Você Não Está Só”, lembra que a ONG criou um grupo de acolhimento online para arrecadar alimentos, agendar atendimentos em saúde e encaminhar mulheres que necessitam de apoio aos programas e atividades sociais. Segundo ela, o atendimento remoto da Defensoria Pública tem contribuído grandemente com essa força-tarefa de amparo às mulheres em vulnerabilidade. “A gente precisa dos canais públicos funcionando em parceria e criando alternativas de amparo a essas mulheres, como a Defensoria Pública tem feito”, conclui Bernadete.
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Campanha
“Você Não Está Só” é uma campanha informativa e de conscientização que instiga as vítimas e pessoas que presenciem a violência doméstica a erguerem a sua voz contra toda forma de violência, principalmente em tempos de isolamento social, em que muitas das vítimas estão confinadas com o próprio agressor.
A produção em vídeo de abertura da campanha foi lançada no dia 2 de junho em todas as redes sociais da Defensoria Pública. Trata-se de um vídeo em formato mudo, mas com uma importante mensagem: qualquer pessoa pode denunciar casos de violência contra mulheres, crianças e adolescentes que, no período de isolamento social, ficam ainda mais vulneráveis.
Gravado sem som e utilizando placas informativas com os números de telefone da rede de proteção e também para denúncias, o vídeo foi produzido com a proposta de passar a informação de forma ainda mais segura para as possíveis vítimas que podem estar em casa com seus agressores (para assistir ao vídeo da campanha, clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=q8360qAAXw0&feature=youtu.be).
A campanha inclui, ainda, spots para rádios e posts para redes sociais que reforçam a necessidade da denúncia, seja ela feita pela pessoa que sofreu a violência ou por quem presenciou ou tem a informação de que a violação de direitos ocorre.
Todas as peças da campanha estão disponíveis no site da Defensoria Pública (https://www.defensoria.to.def.br/nudem/noticia/43625) para o uso de qualquer pessoa ou entidade que queira se engajar na conscientização.
Fonte: Cinthia Abreu/ Comunicação DPE-TO
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