Audiência foi realizada pelo Núcleo Aplicado de Defesa das Minorias e Ações Coletivas de Araguaína nesta segunda-feira, 19
A automutilação, depressão e suicídio entre jovens do Estado é uma realidade preocupante e foi tema de encontro, mais uma vez, com a participação efetiva da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO). Nesta segunda-feira, 19, o Núcleo Aplicado de Defesa das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Araguaína realizou uma reunião na sede da instituição no município, no Norte do Estado, para debater a temática.
Segundo o defensor público, Pablo Chaer, coordenador do Nuamac Araguaína, o objetivo foi o de reunir diferentes instituições para debater soluções para combater o crescimento dos índices e também de amparo aos professores da rede municipal. “A defesa da criança e do adolescente é de atribuição de todos. A família, estado e sociedade tem que estar afinados nessa defesa”, pontuou o defensor público Pablo Chaer.
O encontro foi motivado pela assessora de Orientação Educacional da Delegacia Regional de Ensino de Araguaína, Karine Moreira Melo Souza, por conta do alto índice de casos de suicídios e automutilação nas escolas da região.
Estiveram presentes várias entidades, entre elas o Conselho Tutelar, Patrulha Escolar da Polícia Militar, Polícia Civil, Câmara Municipal de Vereadores, Serviço Nacional da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional do Comércio (Senac).
Providências
Como encaminhamento foi definido que a DPE-TO, por meio do Nuamac Araguaína, irá oficiar a Delegacia Regional de Ensino a prestar informações com as estatísticas de casos por escolas. Os dados serão utilizados para que, posteriormente, possa ser ajuizada uma Ação Civil Pública (ACP) para que sejam contratados novos profissionais para lidar com casos deste tipo nas escolas públicas.
Também serão solicitados cursos para capacitação dos professores e jovens e a Polícia Militar será oficiada para aumentar o efetivo da Patrulha Escolar. Além disso, será realizada uma audiência pública municipal na Câmara Municipal de Araguaína para dar continuidade aos debates.
De acordo com o defensor público, a ideia é que o educador seja o primeiro interventor e possa fazer os encaminhamentos necessários diretamente com os estudantes. “Os profissionais da Rede Municipal de Ensino serão a porta de entrada para detectar sinais de depressão em jovens e criança e então tomar providência com a participação de toda a rede, de forma a auxiliar o aluno a superar o problema”, declarou Pablo Chaer.
Participação
De acordo com informações da Secretaria Estadual de Educação do Estado (Seduc), o Tocantins ocupa a colocação do 7º estado do País com maior índice de suicídio, sendo que mais de 80% dos casos incluem criança e adolescente, ou seja, a comunidade escolar.
Na quinta-feira, 15, a equipe do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (Nudeca) participou da I Reunião Intersetorial pela Paz nas Escolas, que aconteceu na sede da Seduc em Palmas. A defensora pública Maurina Jácome Santana, coordenadora auxiliar do Nudeca, e a analista Márcia Ayer representaram a instituição para ouvir e propor ações voltadas para uma convivência democrática e solidária no ambiente escolar.
(Cinthia Abreu/ Ascom DPE-TO)
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