Pré-candidato destaca a necessidade de se dar um tratamento sério ao funcionalismo para que gestão possa fazer as transformações; ex-prefeito também critica falta de planejamento na segurança pública
O pré-candidato a governador pelo PL, Ronaldo Dimas disse, na quinta-feira, 7 de abril, que caso chegue ao comando do Palácio Araguaia vai colocar em dia as obrigações com os servidores públicos estaduais durante os quatro anos de gestão. Ele assegurou, também, que a questão vai ser tratada com seriedade, sem promessas mirabolantes e impagáveis. “Vou falar do servidor público de modo geral: não é o servidor público estadual que é o culpado por isso que está acontecendo. É a má gestão. A má gestão deixou anos e anos sem sequer ter a reposição da inflação, que é a famosa data-base. Data-base não é aumento, é reposição inflacionária. O que valoriza o servidor são as progressões. Agora, estão com a promessa de pagar até 2030. Eu quero colocar em dia as obrigações do Estado para com os servidores. Sem conversa fiada, sem novas promessas mirabolantes e impagáveis. Se isso der certo, vamos ter um servidor mais firme, com mais vontade de fazer o seu trabalho e maior dedicação”, destacou o pré-candidato durante entrevista ao programa Live 98, da rádio Conexão FM 98.1 de Palmas.
Dimas destacou que nos seus oito anos de gestão como prefeito de Araguaína (2013-2020) sempre cumpriu as obrigações com os servidores e as propostas de planos de carreira foram todas feitas dentro da capacidade do município. “Cumprimos tudo com seriedade, sempre fazendo o que era possível”, ressaltou o pré-candidato.
Para ele, o servidor público teve papel fundamental no trabalho de transformação de Araguaína. “Ninguém faz nada sozinho, não sou mágico. Com o servidor motivado, conseguimos entregar os resultados para população”, destacou.
Déficit na Polícia Militar e concurso permanente
Outro assunto abordado na entrevista foi a questão do déficit da Polícia Militar. Hoje, haveria um déficit de pelo menos 5 mil policiais na corporação do Estado e mais de cinco dezenas de cidades não tem um PM sequer.
Questionado pelos apresentadores sobre o fato de o governo ter chamado novos policias militares do último concurso mas não ter a academia para a formação, fazendo com que a gestão estadual corra atrás de um convênio às pressas, Dimas criticou a improvisação e falta de planejamento.
“É o famoso governo gambiarra, do improviso”, ponderou.
Para solucionar o problema de falta de efetivo, Dimas destacou que o Estado precisa ter concursos regulares a cada dois anos e uma academia de formação permanente. “Não vamos dizer que vamos dar conta de colocar mais 5 mil, mas pelo menos metade dessa reposição tem que ser feita. Se a gente falar de quatro anos, temos que colocar pelo menos 600 por ano. É isso que tem que ocorrer. Concurso para 1 mil vagas pelo menos, chamando 500 de forma imediata. Aí teremos uma academia permanente, que formará cerca de 200 PMs por ano”, frisou.
Além da entrevista, Dimas gravou um pronunciamento com compromissos para os servidores públicos. A mensagem será divulgada na próxima semana. Nela, o pré-candidato se coloca à disposição de todas as categoria para ouvir os anseios e as ideia para transformar o Estado, bem como critica a demagogia que o governo vem fazendo com o funcionalismo, alertando para o perigo da proposta que prevê antecipação de futuras progressões aos servidores via empréstimos bancários em nome dos trabalhadores.
A entrevista ao programa Live 98 da Conexão FM pode ser vista na íntegra aqui:
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