Primeiro parque ecológico urbano da cidade recebeu placa em homenagem a Benedito Vicente Ferreira, fundador da Cimba, cujas ruínas estão preservadas no local
A Cimba foi a primeira indústria de Araguaína e de todo o norte goiano, com atividades de extração de madeira; extração, refinamento e envasamento de óleo babaçu; beneficiamento de algodão; beneficiamento e empacotamento de arroz; e indústria de sabão
O Eco Parque Cimba “Benedito Vicente Ferreira”, primeiro parque urbano de Araguaína, foi entregue oficialmente à população nesta sexta-feira. Desde 2015, o local é uma referência para prática esportivas e de lazer para todos os araguainenses, sendo usado também para confraternizações, como aniversários, piqueniques e até casamentos. O local ainda é palco para o Festival São João do Cerrado, Via Sacra e outros eventos de esporte e culinária.
“Não estamos aqui inaugurando porque a população mesmo já inaugurou. A gente começou com a limpeza da área, retirada das voçorocas, instalamos um grande sistema de drenagem, fizemos a terraplanagem das pistas, e quando o parque tomou forma tinha gente aqui caminhando todos os dias, a toda hora”, lembrou o prefeito Ronaldo Dimas sobre o rápido acolhimento do parque pela comunidade.
Memória viva
O parque foi batizado em homenagem a “Benedito Vicente Ferreira”, no dia de seu nascimento: 12 de julho de 1932. O empresário e político foi fundador da Companhia Industrial e Mercantil da Bacia Amazônica (Cimba), cujas ruínas estão preservadas no centro deste parque. A Cimba foi a primeira indústria de Araguaína e de todo o norte goiano, com atividades de extração de madeira; extração, refinamento e envasamento de óleo babaçu; beneficiamento de algodão; beneficiamento e empacotamento de arroz; e indústria de sabão.
O comerciante Antônio Godoi, 65 anos, manteve viva a memória de quando ajudava o pai no carregamento de madeira para a Cimba. “Era uma coisa muito nova, aqui não tinha. Ele Bendito quem deu atividade e trabalho para o povo. A gente também comprava os produtos daqui, como sabão e a gordura “levinha”. Lembro até da propaganda no rádio: ‘Cheirinho gostoso que vem da cozinha, estão cozinhando com a gordura levinha’”, contou.
Estrutura
O parque recebeu piso de concreto polido nas ruínas que foram preservadas como patrimônio histórico, gradil de fechamento, iluminação em LED, grama, sistema de irrigação e drenagem, paisagismo, estacionamento, lago e cascata. E ainda academias ao ar livre, adulta e infantil, com aparelhos de ginástica e musculação também para deficientes, ciclovia, pista para caminhada e corrida.
Para maior segurança dos usuários, o parque é cercado por um gradil. Um total de 893,77 metros de alambrado metálico de tela metálica especial (nylofor), na frente do parque, e mais 700 metros de cerca concertina dupla nos fundos, onde fica a mata. Em seu interior há duas pistas, sendo uma para ciclismo e outra para caminhada, ambas com 1,2 km de extensão.
Recuperação Córrego Canindé
Outro trabalho realizado no local foi de recuperação do Córrego Canindé, que tem sua nascente dentro do parque. Sua mata ciliar apresentava desmata da área, erosão e solo bastante arenoso. Sua recuperação possibilitou a formação do lago, que além de embelezar o local, funciona como bacia de detenção, retendo a água das chuvas e fazendo o escoamento de forma lenta, evitando alagamentos na cidade.
Desde 2015, o local é uma referência para prática esportivas e de lazer para todos os araguainenses, sendo usado também para confraternizações, como aniversários, piqueniques e até casamentos…( Marcelo Martin/Foto: Marcos Sandes/Ascom)
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