O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) possui ações permanentes, como visitas domiciliares dos agentes de combate de endemias e palestras em unidades escolares, além de mutirões e orientações em eventos realizados nos bairros
O grande volume de chuvas e o forte calor, que vêm ocorrendo em Araguaína nas últimas semanas, é o clima favorável para proliferação do mosquito Aedes Aegypti, momento em que os cuidados devem ser dobrados para evitar uma epidemia da dengue.
Além do clima favorável, sorotipos do arbovírus que estavam ausentes há setes anos voltaram a circular na Região Norte, o que contribuiu para o aumento no número de casos neste ano e também para o risco de epidemia.
A Prefeitura de Araguaína contribui para o combate ao mosquito por meio de várias ações físicas e educativas, sensibilizando toda a comunidade para a efetividade desta luta. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) possui ações permanentes, como visitas domiciliares dos agentes de combate de endemias e palestras em unidades escolares, além de mutirões e orientações em eventos realizados nos bairros.
Tipos de dengue
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, do CCZ, Mariana Parente, há quatro tipos de dengue: 1,2,3 e 4. Ela explica que a volta dos tipos ausentes há anos é um perigoso porque muitas pessoas ficaram imunes somente ao tipo que circulou nos últimos anos.
“Existem 4 sorotipos e eles estão sempre mudando, de ano a ano. E se eu pegar o dengue 1 e me recuperar, fico imune a ele. Se pegar dengue 4 vezes eu estou imune para sempre. Só fica imune contra o tipo que pegou”, explicou a coordenadora.
São dois tipos que voltaram a circular região após muito tempo. “No caso de Araguaína, por muito anos ficou circulando o tipo 4, desde a última epidemia em 2012. E a partir do ano passado voltaram os tipos 1 e 2, que são os piores, por isso aumentou muito o número de casos aqui e no Estado”.
Dados
De janeiro a setembro de 2019, foram confirmados 1.533 casos positivos de dengue em Araguaína. Um crescimento de 352% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os casos com sinais de alarme, em que há maior probabilidade de óbito, o crescimento foi de 472%, saindo de 25 para 143.
Para o Zika vírus houve redução de 50% para o mesmo período. Caindo de seis para três casos confirmados. E para Chikungunya a queda foi de 36% do número, de 36 para 23 casos confirmados. “Como só existe um tipo para cada um destes vírus a tendência é de que continue em queda”, estima Mariana.
Como denunciar e eliminar focos
Os moradores também podem colaborar com a diminuição dos focos denunciando locais onde há possíveis criadouros. O CCZ disponibiliza o disque-denúncia para ligações gratuitas: 0800 646 7020.
Fonte: Marcelo Martin / Foto: Marcos Sandes/Ascom
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